Leitura de verão – Emily Henry ?>

Leitura de verão – Emily Henry

January é uma escritora de romances de coração partido e sem inspiração para escrever. Ela se muda para uma casa na praia para tentar escrever o livro que sua editora comprou dela.

E quanta é a sua surpresa quando, ao olhar pela janela, ela descobre que seu vizinho é Augustus Everett, o autor best-seller de ficção literária e seu grande rival na faculdade. Que também está sem dinheiro e sem ideias. Em meio a tentativas mal sucedidas de se evitarem e discussões sobre o que cada um faz em sua própria casa, eles fazem uma aposta.

Augustus, que mata todos os seus personagens, deve escrever um livro com um final feliz. E January, que ama um bom bestseller água com açúcar, deve escrever o próximo clássico da literatura. Quem publicar o livro primeiro, vence.

Enquanto cada um leva o outro para pesquisa de campo, eles vão se aproximar. E vão tentar ao máximo não se apaixonar.


Leitura de verão é aquele livro que eu me arrependo de ter comprado no físico. Porque ele é tão sem-graça que me dá dó ter gastado dinheiro com ele.

Nós, de escrita criativa, zoamos muito quem estuda escrita criativa nos Estados Unidos, porque eles são incrivelmente bons em minar a criatividade por lá. O ensino da arte lá é como se fosse uma forminha de bolo, e os alunos acabam escrevendo tudo meio que a mesma coisa. E Leitura de verão é um produto disso.

Eu achei que ia gostar do livro exatamente porque ia me ver ali como aluna de escrita criativa. A sensação que me deu, ao contrário, foi que a Emily Henry fez um workshop de um dia e depois entrou em página de memes de escritores pra pegar mais conteúdo. A escrita em si é cheia de “Técnicas de Escrita Criativa 101” – um livro que pareceu ter sido escrito prompt a prompt, pedaço por pedaço, trecho a mostrar para o professor a trecho a mostrar para o professor. Não pareceu nem um pouco natural. Não pareceu algo que foi escrito de maneira fluida, e com paixão, mas sim, um livro fabricado.

Além de tudo, a January e o Augustus tinham um total de zero personalidade. É a tentativa de fazer dois personagens que se encaixam nas tropes que a autora queria usar, e eles estão lá apenas para servi-las. Então eles estão lá só pra fazer a história acontecer, o que não funciona muito bem quando a história é sobre eles e o relacionamento deles e o emocional deles. Além do mais, tudo o que eu não queria era ter que ler um hot em que os personagens gemiam os nomes JanuaryAugustus. Juro, que nomes horrorosos. O hot nem bom foi.

Leitura de verão foi uma leitura arrastada, pouco emocionante, e tão fabricada que foi uma grande decepção para o meu ano. Uma premissa interessante e que me fisgou como escritora, mas que só mostrou que, às vezes, os estadounidenses e o TikTok têm que ficar bem quietinhos.

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The Spanish Love Deception – Elena Armas;

O circo da noite – Erin Morgenstern;

The Love Hypothesis – Ali Hazelwood.

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