The Love Hypothesis – Ali Hazelwood ?>

The Love Hypothesis – Ali Hazelwood

Qual é o melhor jeito de convencer a sua melhor amiga de que você superou o menino com quem você estava saindo e que é o novo crush dela? Beijar o primeiro cara que você vê pela frente, é claro!

O tiro sai pela culatra quando Oliver percebe que beijou ninguém mais, ninguém menos, que o professor Adam Carlsen, famoso por ser um babaca. Ele surpreende a aluna de pós-graduação ao concordar em manter seu segredo e sugerir o início de um namoro falso, que também o beneficiará.

As ciências naturais são um campo competitivo, e Olive vai ter que lidar com todos os problemas que sua pesquisa e seu experimento trazem enquanto luta contra seu coração.


Booktok, você mentiu pra mim. Eu esperava um romance fofinho e fui prometida muitas cenas picantes. Eu sempre faço uma “decepção do ano”, e gente, The Love Hypothesis aqui já tá concorrendo pra 2022.

Em um livro de romance, a gente espera um bom desenvolvimento dos personagens, né? Eu não leio muito do gênero, porque eu prefiro fantasia com romance porque, mesmo que você não goste muito do mundo, dá pra ler pela história. Mas gente, The Love Hypothesis não tem UM personagem bem construído (vou falar, eu gosto muito do Holden, mas ele quase não aparece). Além de descrições físicas praticamente inexistentes, ninguém tem personalidade.

A Olive é a narradora, e eu gostaria de dizer que ela é uma heroína de romance genérica, mas não chega nem nisso. Ela simplesmente não tem personalidade. Ela tem alguns pontos de personalidade que são mostrados, mas nada me fez acreditar que ela é uma “pessoa”. Além do mais, tem uma questão muito estranha da Olive ser, aparentemente assexual, mas o jeito que a autora descreve é, no mínimo, esquisito (eu não vou falar que é problemático porque não vi nenhum comentário de uma pessoa ace falando sobre isso, mas a Olive fala que tem “um problema na cabeça dela” ou algo do tipo).

O Adam é o mais descrito, mas é sempre a mesma coisa. Ele é grande, tem cabelo preto, grande, grosseiro, grande, mal humorado, já falei que ele é grande? Fora isso, é isso.

Como pode-se imaginar, a química entre eles é horrível. Ou melhor, inexistente. Existem cenas entre eles que são legais, e eu gostei mais da leitura mais pro final. Mas não dá pra entender por que eles gostam um do outro. Toda a questão da assexualidade adiciona uma outra camada aqui, mas não sou qualificada o suficiente pra falar sobre. A cena de sexo (capítulo 16), tão antecipada, foi super anticlimática e sem graça. Por que tanta gente gostou? Porque o Adam faz o mínimo? Uau.

Os personagens secundários, então, são uma tristeza. A Anh é só a token POC friend, e o Malcolm é o token gay friend. Nenhum deles são bem feitos. Pelo menos, pelo menos, eles têm as próprias vidas que não revolvem ao redor da Olive. Pelo menos. Os outros não valem a pena serem citados.

O que me entristece é que The Love Hypothesis tinha muito potencial pra tratar de temas da academia e das exatas. E ele não consegue. Podia ser uma super discussão sobre mulheres na área das exatas, sobre assédio na academia… Eu gostaria até mais de ver as consequências dos dois namorarem, porque ele é um professor e ela é uma aluna. Mas não, não tem nada. Desses temas, tenho que recomendar o Webtoon LUFF e o anime Science fell in love, so I tried to prove it. O anime eu nem vi ainda, mas tenho certeza que vai ser melhor.

Se me permitem ser maldosa, um amigo da universidade me disse que pessoas de exatas não sabem ler nem escrever. Guardadas as devidas proporções, esse livro é a prova.

Eu sei que não é uma opinião popular, a minha. Acabei dando 3 estrelas pro livro porque o final (tipo, a partir de uns 50%) ficou bonzinho, até. Algumas cenas do romance foram divertidas. Li o livro bem rápido. Mas não voltarei a Ali Hazelwood, e não posso recomendar The Love Hypothesis. Leiam TSLD, ao invés disso.

Se você gostou de The Love Hypothesis, de Ali Hazelwood, você vai gostar de:

The Spanish Love Deception – Elena Armas;

The Song of Achilles – Madeline Miller;

O Legado de Syrena – Anna Banks.

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