Dormir em um mar de estrelas – Christopher Paolini
Kira Naváres já realizou o seu sonho: ela é uma pesquisadora de planetas não colonizados, uma xenobióloga viajando pela galáxia. Durante uma missão de pesquisa de rotina, ela encontra uma relíquia alienígena que rapidamente transforma a curiosidade em terror. Kira é a primeira pessoa a entrar em contato com alienígenas, mas isso está longe de ser ideal. Quando uma guerra entre humanos e aliens começa, ela e o xeno que agora habita seu corpo são a chave para acabar com o conflito, de um jeito bom ou ruim – mas não sem uma viagem espacial.
Nota: acho que tenho algum karma com Dormir em um mar de estrelas, porque sempre demoro muito para fazer qualquer coisa relacionada a esse livro – comprei no final de 2021, fui lê-lo 11 meses depois, e agora estou fazendo a resenha quase um ano e meio depois de acabar. Eu não me lembro de muito.
Eu preciso dizer que essa edição é incrível? Bem, além das fotos, que falam por si mesmas, ainda encontrei o livro autografado e com desconto aleatoriamente em Londres, então estamos cheios de vantagens. Mas esse é um daqueles livros que você fica melhor tendo o ebook junto, porque essa edição em inglês é imensa e pesada. O bonito tem quase 900 páginas. Ainda assim, o físico tem vários complementos, apêndices (com utilidade questionável) e etc., que valem a pena ter à mão porque fica mais fácil de pesquisar.
Devo dizer, acho que Dormir em um mar de estrelas não é pra mim. Não me entendam mal, eu adoro um calhamaço. Mas eu também sei quando um livro deveria ser menor. Poderíamos ter umas 300 páginas a menos, fácil. Existe um tipo de escritor de fantasia/ficção científica que adora colocar cada fração de criação de mundo que passa pela cabeça dele. A verdade é que ninguém liga tanto pro seu mundo quanto você. Então ter páginas e páginas de explicação de como esse mundo funciona e do dia a dia das personagens dentro de uma nave, que é praticamente tudo igual, é entediante e cansativo. Além do mais, é perceptível a queda de qualidade mais para o final. Sinceramente, isso é erro de principiante, e eu não esperava isso do Christopher Paolini.
Mas tenho que dar um crédito a ele: a Kira é uma personagem legal. Achei-a egoísta no começo, mas ela não é uma típica mulher escrita por homem. Exceto em um momento logo depois dela se juntar com o xeno e, explorando seu corpo novo, ela decide explorar o seu corpo. Em uma sala cheia de câmeras que ela sabe que a estão vigiando. Isso foi um absurdo e uma ofensa à minha existência. Mas amei o ship Kira X Falconi! Vivendo de migalhas, já que o romance não é o foco (vem aí a minha era de fanfiqueira).
Dormir em um mar de estrelas é um livro para os fãs de ficção científica que gostam de uma construção de mundo pesada. Se vocês verem a tag de ficção científica deste blog, vão perceber que não leio muito do gênero. Por isso digo que ele não é para mim, e não que ele é ruim – porque não é!
Apesar do livro ter uma continuação, eu não tenho nenhum interesse. Eu gostei bastante do final (típico do Paolini) e acho que encerrou bem a história. Depois de descobrir que a capa foi feita com inteligência artificial, fiquei ainda mais desinteressada. Eu acho que fãs ferrenhos do gênero gostarão muito do universo, mas nada aqui me prendeu o suficiente para desejar voltar. Seguirei com Eragon.
Se você gostou de Dormir em um mar de estrelas, de Christopher Paolini, você vai gostar de:
Illuminae – Amie Kaufman & Jay Kristoff;
Viúva de ferro – Xiran Jay Zhao;
O guia definitivo do Mochileiro das Galáxias – Douglas Adams.
;)
