Os Testamentos – Margaret Atwood ?>

Os Testamentos – Margaret Atwood

A República de Gilead permanece forte, o regime inalterado. As Aias continuam sendo obrigadas a gerar crianças, os Comandantes continuam cuidando da política, as Esposas continuam cuidando da casa, e as Marthas continuam cozinhando e limpando. Ainda assim, houveram diversos golpes ao longo dos anos, mas nenhum forte o suficiente para acabar com Gilead.

Uma garota que mora em Gilead, filha de um importante Comandante, se encontra com outra, que mora no Canadá. Uma não poderia ser mais diferente da outra. Agnes segue as regras de Gilead, anda pelo bairro seguro em que vive e estuda. Daisy vê televisão e participa de protestos contra o regime teocrático da República.

Então, quando as duas se encontram, a reação é explosiva. As diferenças entre as duas são muito grandes, mas parece que o destino as une. A terceira pessoa nessa equação é Tia Lydia, que fez parte da fundação de Gilead, e seu manuscrito sobre todas as falhas da República. O resultado da interação entre essas três mulheres pode ser devastador para a atual ordem mundial.


Os testamentos é uma continuação decepcionante de um livro que não precisava ter sido continuado.

A sensação que o livro passa é a de que a Margaret Atwood foi obrigada a escrevê-lo por todos os fãs que não aguentam um final aberto. Ele é extremamente mainstream, e podemos ver isso até na capa ridícula que não combina com nenhuma outra capa dos livros da autora.

A única personagem que eu gostei minimamente foi a Tia Lydia, porque a história dela é interessante. Mas eu tive que pesquisar o nome de cada uma delas, porque eu não me lembrava. As duas garotas são muito chatas, e eu não podia me importar menos com os problemas delas. Elas não fazem nada de fato o livro inteiro, só são arrastadas pra lá e pra cá pelos adultos que as estão usando.

A história de Os testamentos é extremamente mainstream, e diversos aspectos dela são previsíveis. Nada no livro realmente me surpreendeu, e a vida de Daisy e Agnes não era nada novo para mim, diferentemente do que temos em O Conto da Aia. Não tem nada extremamente criativo no livro, e me pareceu que a Atwood o fez na base do ódio (vocês conhecem o Instagram daquela mulher? Como que ela pode ter ódio dentro dela?). Visitamos a República de Gilead com novos olhos, por outras perspectivas, mas mostrar o quanto as pessoas no poder (que criaram aquilo tudo) não gostam do regime e, na verdade, são super hipócritas, só descaracterizou o mundo para mim. Subitamente, todos os fanáticos não são mais fanáticos.

Se você gostou de Os testamentos, de Margaret Atwood, você vai gostar de:

O Conto da Aia – Margaret Atwood;

Oryx & Crake – Margaret Atwood;

A Rainha Vermelha – Victoria Aveyard.

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