O beijo traiçoeiro – Erin Beaty ?>

O beijo traiçoeiro – Erin Beaty

Sage Fowler não quer se casar. Ela não é a dama que seus tios querem que ela seja, tendo crescido na floresta com o pai falcoeiro. Mesmo tendo decorado todas as respostas que ela deveria dizer à casamenteira, Sage se descontrola e estraga a entrevista.

Mas a casamenteira tem outros planos para ela, e Sage vira sua aprendiz. Ela vai acompanhar um grupo de jovens damas que serão casadas na capital. No caminho, Sage deve espioná-las e anotar tudo o que descobre sobre as garotas e seus pretendentes – a escolha das casamenteiras está longe de ser impensada. Ela também anota tudo sobre os soldados que as acompanham, mas sua espionagem chama a atenção de outro espião.

Sage se vê envolvida com os soldados em um nível de espionagem mais profundo do que o que ela fazia para a casamenteira. No meio de uma possível ameaça ao reino, Sage se prepara para tudo, menos para se apaixonar.


O beijo traiçoeiro foi um livro que eu fiquei com medo de ler, porque ganhei ele numa troca mas não tinha certeza de que iria gostar. E mordi minha língua, porque fiquei chocada.

Eu só li o primeiro livro em físico, os outros li em ebook. A capa do primeiro é a mais bonita, então não me incomodei de não ter os outros. A Seguinte arrasou na tradução e edição, e a diagramação ficou bem do jeito que o meu astigmatismo gosta. A ordem dos livros é: O beijo traiçoeiro, A missão traiçoeira, e O reino traiçoeiro.

A escrita da Erin Beaty por si só é muito boa: rápida, fluida, e instigante. Acontece bastante coisa nos livros, e você nunca vai ficar entediado. O primeiro livro, então, é um show. Mas nem tudo foram flores.

Houve um claro declínio do primeiro ao terceiro livro. Eu amo todos os personagens, mas Sage fica cada vez mais insegura com o que faz. O romance entre ela e o Moço (se eu falar o nome, é spoiler da melhor reviravolta do primeiro livro) acaba não se desenvolvendo tanto, porque eles passam o segundo e o terceiro livro brigados. Para uma série que deveria ser romance, eu gostaria que eles brigassem menos. E sinceramente, as amigas da Sage (Clare e companhia) ficam MUITO chatas no terceiro livro. Uma coisa que eu gostei foi o relacionamento da principal com a família dela. É bom ver uma principal se dando bem com a família e que ninguém morre no final, pra variar.

Quando comecei a ler O beijo traiçoeiro, logo falei que era uma mistura de A SeleçãoRainha Vermelha. E o primeiro livro entrega tudo isso: casamentos arranjados e tretas políticas. Mas eu acho que a Erin Beaty tentou mudar a direção da história no meio do caminho e deu errado. No primeiro livro, o romance é muito bem desenvolvido e há uma subtrama política interessante. No segundo, o romance é deixado mais de lado por causa das brigas do casal e vemos um pouco mais de política, mas até aí tudo bem. O terceiro, O reino traiçoeiro, é o que decepciona. O mundo por si só não é interessante – tem os europeus, os árabes, e os negros, tudo muito convencional, organizados em países diferentes. Mas é muito básico. As relações políticas não são complexas nem interessantes o suficiente para justificar um fechamento da série voltado para política (além de ter sido super previsível). De modo geral, recomendo ler a série pelo primeiro livro (incrível, maravilhoso, uma obra de arte), e ler os outros dois só para ter um encerramento do romance.

Se você gostou de O beijo traiçoeiro, de Erin Beaty, você vai gostar de:

O Legado de Syrena – Anna Banks;

Corte de espinhos e rosas – Sarah J. Maas;

The Priory of the Orange Tree – Samantha Shannon.

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