1984 – George Orwell ?>

1984 – George Orwell

A Oceania de Winston Smith é observada pelo Grande Irmão em cada pôster. Winston trabalha no Ministério da Verdade, onde ele manipula informações para que o passado não entre em conflito com os fatos que o Partido passa para seus cidadãos. Todos são monitorados pelas teletelas, por onde a Polícia do Pensamento mantém vigilância. Não há privacidade, pois a qualquer momento o Partido e o Grande Irmão podem ser traídos.

Mas Winston acaba conhecendo Julia, e eles se apaixonam. Eles buscam lugares a salvo onde podem se encontrar, longe das teletelas e dos microfones. Juntos, não é só de amor que eles conversam: palavras de dúvida do Partido, conspiração. Seus cérebros, antes já não totalmente submissos ao Grande Irmão, não conseguem controlar a rebeldia.

Mas o Partido não permite dissidência, e a Polícia do Pensamento tem muitos meios de controlar o povo.


1984 é mais um dos livros do meu desafio dos 20 livros antes dos 20 anos. Escolhi esse porque é um clássico da distopia e do mundo, de modo geral. Eu nunca tive lá grande interesse em lê-lo, mas como o objetivo desse meu desafio é de me atualizar em alguns clássicos, li.

Essa edição que eu peguei da biblioteca da universidade é bem boa, e achei o inglês dela bem tranquilo. Foi em 2020 ou em 2021 que o livro entrou em domínio público, e de repente o mercado brasileiro ficou cheio de edições. Eu, sinceramente, não entendo o porquê de pagar alguns preços absurdos de algumas edições, sinceramente, sendo que você pode comprá-lo usado por uns 10 pilinha. Mas cada um com o seu cada qual, e 1984 não me impactou tanto de qualquer jeito. A escrita do Orwell não é ruim, e a genialidade dele é clara, mas eu ficava com sono toda vez que eu abria o livro. E de fato, algumas vezes eu dormi imediatamente depois de abrir o livro.

Eu não acho que o livro seja focado nos personagens, até porque todos eles são sem graça. Winston é meio genérico e, enquanto eu sei que o leitor deveria ficar curioso sobre o passado dele, eu não consegui. A Julia, então, é a típica mulher escrita por um homem narrada por um narrador homem. O romance foi a parte mais fraca pra mim, e eu poderia ter ficado sem ele.

Pela história, dá pra ver porque 1984 impactou tanto o mundo. A sociedade criada é bem interessante, mas ainda sinto que ficamos muito limitados só na perspectiva do Winston. A terceira parte é a mais interessante para mim, apesar de que eu não sou fã dos monólogos filosóficos.

Realmente, 1984 não me impactou, ainda que eu tenha sido muito abordada quando estava lendo em público. Eu sei que não é uma opinião compartilhada por muitos, mas é o que é. Prefiro Admirável mundo novo do Huxley.

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O conto da aia – Margaret Atwood;

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