O visconde partido ao meio – Italo Calvino
O visconde Medardo di Terralba leva um tiro de canhão no peito na guerra com os turcos. Cristão ferrenho, sua carreira militar foi parada por sua falta de habilidade no campo de batalha. Graças aos médicos do campo de batalha, o visconde sobrevive, embora literalmente partido ao meio.
A aparência física não foi a única coisa que mudou. Quando volta para casa, Medardo se torna amargo e cruel. Ele começa a importunar seu povo, atrapalhando suas vidas. O visconde mata animais, destrói casas, e até promove execuções em massa.
Quando os camponeses finalmente começam a se adaptar ao humor terrível do visconde partido ao meio, a outra metade aparece do nada, curando pessoas e animais, ajudando em colheitas, e encantando todos com seus modos. As duas metades de Medardo começam a entrar em conflito, e tudo piora quando ambos se apaixonam pela mesma mulher e decidem se casar com ela.
O visconde partido ao meio foi um livro indicado pela minha vó, que queria muito que eu lesse Italo Calvino. Ela comprou o livro de um sebo e enviou até Curitiba para mim.
O livro é pequeno, não tem nem 100 páginas. Para um livro em segunda mão, ele está bem inteiro – o papel não amarelou. Ainda assim, questiono a antiga dona por escrever seu nome na CAPA do livro. Eu sei que paradidático é sempre uma bagunça, todo mundo pega o de todo mundo, mas escreva seu nome na folha de rosto.
O visconde partido ao meio é o típico livro paradidático: uma escrita um pouco mais rebuscada, personagens simples, e uma história fácil de compreender. Sinceramente, não foi a melhor experiência de leitura que eu já tive. Já acabei a escola. Cansei de paradidático. Fora isso, o livro é bem legal. É bem humorado, e o visconde é um vilão mesmo (pelo menos, a parte má dele).
;)
