
Belas Maldições – Terry Pratchett & Neil Gaiman
Maldições podem ser belas. Por que não? O Inferno manipula a verdade e atrai os homens para o seu lado com a beleza da maldade. Crowley deveria fazer isso. Se ele faz, aí é outra história.
No outro lado, o Céu impede o Inferno e desfaz suas maldições. Aziraphale deve fazer isso. Ele não o faz sempre, mas vez ou outra consegue.
Os membros do Céu e do Inferno têm uma rixa eterna e, de maneira alguma, devem conviver juntos, muito menos colaborar um com o outro.
Aziraphale e Crowley deveriam respeitar isso. Se eles respeitam, aí são outros 500.
O Armagedom está próximo e nem o anjo nem o demônio estão ansiosos. Lutar dá muito trabalho. E eles gostam da Terra, para quê destruí-la?
Pera.
Tá faltando alguma coisa.
Ah, é.
O Anticristo sumiu.
Belas Maldições é ótimo. É o Guia do Mochileiro das Galáxias religioso. Sim. O estilo da escrita é muito parecido com o do Douglas Adams, ou seja, uns personagens sem pé nem cabeça que brotam do nada e que fazem a maior diferença na história inteira. Ah, é claro, sem esquecer as subtramas sem noção que aparecem no meio do caminho e que morrem antes de você perceber.
Outro livro ótimo da parceria com a Catálogo que não deixou a desejar (tá, talvez o final, um pouco. Mas acertar final sempre é difícil).
Nunca tinha lido Gaiman ou Pratchett antes, então não sei dizer se a história tem mais traços de um ou do outro. Depois desse livro, investirei em ambos os autores.