As tumbas de Atuan – Ursula K. Le Guin ?>

As tumbas de Atuan – Ursula K. Le Guin

Arha, a Devorada, vive na escuridão. Ela foi prometida aos deuses Inominados como sua mais importante Sacerdotisa, e por isso a escuridão é seu domínio. Arha, em sua devoção, é a única que consegue navegar pelas tumbas de Atuan e seu labirinto, completamente desprovidos de luz. Os sacrifícios de sangue são feitos abrindo as veias da garota. Mas não é porque ela é a Sacerdotisa mais importante do templo que as outras ao seu redor a respeitam.

Até que um feiticeiro chega. Buscando um objeto no centro do labirinto das tumbas de Atuan, onde apenas Arha consegue chegar. Além disso, ele afirma que seus deuses são criaturas terríveis e ele está pronto para salvá-la. O domínio de Arha é também sua prisão? Se isso for verdade, ela precisará decidir se quer se libertar e abandonar tudo que conhece.


O mundo de Terramar é mágico. Adorei ter conhecido uma terra totalmente diferente do primeiro livro – como o mundo é muito amplo, a Le Guin tem muitas oportunidades de contar histórias de personagens e culturas diferentes. Ela fala disso no posfácio do primeiro livro.

As tumbas de Atuan foi um livro um pouco mais parado, já que só ficamos em um lugar só – as tumbas. Gostei de ver esse culto aos Inominados. O livro começa lento, já que é só a personagem vivendo a sua vida sinceramente entediante. Eu estava lendo rápido, mas não muito entretida. É só quando o Ged chega que as coisas começam a ficar mais tensas. Por sinal, eu estava shippando eles até pesquisar e ver que o Ged é uns 10 ou 15 anos mais velho que a Tenar (Arha), aí parei.

Infelizmente, não consegui me conectar muito com a Tenar. Tiveram momentos mas, para falar a verdade, eu só entendi a personagem dela de verdade no posfácio, o que me fez gostar mais de As tumbas de Atuan. Essa é uma história sobre poder, poder imposto sobre uma garota. Mas ela tem pouco o que fazer com isso, já que é vigiada de perto por uma sacerdotisa que a vê como fraca e ainda a atormenta, mesmo sendo sua subordinada. Afinal, sobre o que Tenar tem poder? Um templo no meio do deserto e cavernas misteriosas. Ela nunca viu o mar, nem uma cidade, mal viu um homem que não fosse um eununco. É um livro sobre poder, liberdade e, para mim, religião. Acho que eu preciso reler o livro, com esse novo entendimento, para aproveitar melhor.

Uma coisa que eu percebi na primeira página: eu gostei mais da tradução em português! Achei o primeiro muito mágico e achei o texto em inglês mais complicado do que a tradução da Morro Branco. Sinceramente, isso me deixa feliz. Adoro descobrir ótimas traduções, e essa série é da Heci Regina Candiani. Como o Ged é um personagem importante pra história, também tem várias referências ao primeiro livro, então sugiro ler os dois em seguida.

Em resumo: foi uma boa experiência e vou continuar a ler a série em português.

Se você gostou de As tumbas de Atuan, de Ursula K. Le Guin, você vai gostar de:

O feiticeiro de Terramar – Ursula K. Le Guin;

De volta para casa – Seanan McGuire;

As crônicas de Nárnia – C. S. Lewis.

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