Livrarias: Gringas vs. Nacionais

Livrarias internacionais não são bem um assunto que eu domino, mas eu vou tentar fazer o meu melhor aqui.

Pra começo de conversa, elas são imensas. Assim como o catálogo. A variação de livros lá fora é maior do que todo o catálogo da Saraiva e da Livrarias Curitiba juntas (em “lá fora” leia-se: Montréal e Londres, não comprei livros em outros lugares, até porque eu não falo africâner nem nenhuma das línguas nórdicas).

Apesar disso, todo esse tamanho faz o “achar um livro específico” incrivelmente demorado. Sério. No Canadá essa parte foi bem chata. Na Indigo Books eles imprimem um papel com todas as informações do livro, pra aí começar a procurar. Desperdício de papel, na minha opinião. Já em Londres, foi mais fácil de achar os livros (claro, eu não estava procurando nenhum específico, mas quando eu achei o segundo de A Escola do Bem e do Mal, o cara que trabalhava achou o terceiro bem mais rápido) e o cara que trabalhava lá parecia muito mais feliz.

Aí está outra questão: as pessoas que trabalham na livraria. Em Londres, as pessoas foram bem mais amigáveis comigo do que foram lá no Canadá, talvez porque eles me ouviram conversando com a minha mãe em português e queriam causar uma boa impressão. Mas eu percebi que venci na vida quando eu fui pagar e a moça perguntou se eu queria cartão fidelidade (até porque eu tava comprando quase 100 dólares canadenses em livros de uma só vez, mas ela foi simpática DEMAIS, como se eu realmente fosse canadense) e quando eu pedi ajuda pra achar um The Gullivers Travels e a mulher me perguntou se era pro colégio.

Ahn, não moça, eu sou brasileira, não leio clássicos em inglês na aula de português (por sinal, nem fora dele. Ainda não consigo ler clássicos não-adaptados em inglês).

Mesmo depois de tantas fofuras lá fora, eu ainda acho que o atendimento aqui é melhor. De repente, você e o/a atendente da Livrarias Curitiba estão conversando e trocando ideias sobre livros e, de repente, você sabe o nome dele e todos os parentes mais ou menos da sua idade que também gostam de ler.

Eu acho que não preciso comentar sobre livrarias na Alemanha (país no qual eu nunca pus um pé). Os únicos livros que eu vou comprar lá são livros infantis. Aí eu consigo entender alguma coisa.

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