Carry On – Rainbow Rowell ?>

Carry On – Rainbow Rowell

Simon Snow é o bruxo mais poderoso de todos os tempos. Ele é o escolhido para derrotar o grande inimigo do mundo bruxo, o Insípidum. Logicamente, ele tem muitos amigos, notas boas na Escola de Magia Watford (afinal, o Mago, o salvador do mundo bruxo, é seu mentor pessoal) e seu namoro vai de bem a melhor.

Só que não.

Simon não consegue controlar os seus poderes, o que só lhe traz problemas. Enquanto uma parte dos alunos tem medo dele e de suas ocasionais explosões de poder, a outra parte acha que ele não merece estar em sua posição privilegiada. Além do mais, seu namoro com Agatha está pior que comida esquecida fora da geladeira por duas semanas.

Para piorar tudo, ainda tem Baz Pitch, seu colega de quarto na Escola de Magia Watford há sete anos. Ele e Simon são inimigos declarados desde sempre e Simon tem certeza de que Baz é um vampiro. Ele só não teve como provar ainda.

Baz não apareceu no começo das aulas. Com certeza, ele está tramando contra Simon. Ao menos, é isso que ele pensa. Simon não consegue parar de pensar no que Baz pode estar fazendo para armar contra ele. Onde Baz está? Ele vai conseguir acabar comigo dessa vez? Ele quer me matar? O que ele quer fazer.

Baz Pitch não vai sair da cabeça de Simon Snow por um tempo.


Carry On foi meu primeiro romance LGBT, e foi uma boa primeira experiência. Só de pegar esse livro de novo, já fico ansiosa. É só abrir, então, que eu começo a procurar as cenas de beijos minhas cenas favoritas.

Como sempre, vamos começar com o visual. A capa de Carry On é bem simples, só com a silhueta do Simon e do Baz e com poucas cores (apesar de que o amarelo e o azul combinam bem e atraem o olhar para o livro). O espaçamento e o tamanho da letra são bons, e achei muito interessante o fato de que, sempre que muda o ponto de vista da história entre personagens, o nome do mesmo abre o capítulo (nada de diferente até aí), mas a fonte é a letra do personagem!

A Rainbow Rowell tem uma escrita muito agradável. É bem rápida de ler, apesar de eu não ter devorado o livro. Ela é boa, mas não é inebriante ou viciante. Eu fiquei com um pouco de agonia de umas ênclises na tradução, mas é porque acho que é muito formal para os pensamentos de adolescentes cheios de hormônios (disse a adolescente cheia de hormônios).

Não sinto nenhum amor especial por nenhum dos personagens de Carry On, mas acho que meu preferido é o Baz. Ele é bem explosivo, revoltado, odeia o mundo… Meu tipo de personagem. Todos eles são bem construídos e o Simon é um ótimo personagem, mas o Baz tem um espaço especial no meu coração.

A história é ótima. Tem bruxos, monstros, feitiços e magia. Em alguns pontos eu cansei da leitura, porque a Autora começou a enrolar demais. Esse livro me foi caracterizado com as seguintes palavras exatas: “livro gay com vampiros” (meu amigo esqueceu o título e eu, por milagre de Jesus, coincidentemente descobri o nome). Por isso, eu esperava umas cenas um pouco mais quentes e mais frequentes (não sei por quê, foi a sensação que o “nome” me passou). Mais pro final, fui começando a perder a paciência com o livro e querendo que a história acabasse logo. Acho que foi porque senti falta de um desenvolvimento do relacionamento romântico de Baz e Simon. A sensação que eu tive é a de que foi tudo muito rápido; eles se odeiam, se dão uns pegas e já começam a namorar sem o leitor nem entender de onde vieram aqueles sentimentos.

Apesar disso, Carry On é o tipo de Harry Potter gay que todos vínhamos esperando (com todos os limites; Harry Potter é outro nível).

Se você gostou de Carry On, de Rainbow Rowell, você vai gostar de:

Um tom mais escuro de magia, de V. E. Schwab;

Harry Potter, de J. K. Rowling (apesar de eu nunca ter feito resenha);

A escola do bem e do mal, de Soman Chainani.

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