O Maravilhoso Bistrô Francês – Nina George
Marianne decidiu. Finalmente vai fazer algo por si mesma; algo que ela quer.
Marianne decidiu morrer.
Enquanto viaja por Paris com o marido – o maldito marido, Lothar -, Marianne encontra a ponte perfeita. E pula.
E um cara aleatório a salva na margem. Droga. Marianne está viva. E num hospital francês. Com o marido.
A paisagem de um azulejo que ela encontra no hospital lhe dá um novo sentido da vida. Ir a Kerdruc e ver a paisagem que a fascinou. O marido volta para a Alemanha. E Marianne vai a Kerdruc – sem que ele saiba.
Lá, ela consegue trabalho como cozinheira num bistrô bretão (cujo cozinheiro está perdidamente apaixonado por uma das mulheres que lá trabalham).
Marianne vai descobrir quem ela realmente é no pequeno estabelecimento. Ela vai descobrir que nunca se é velho demais para começar uma vida nova.
O maravilhoso bistrô francês é MUITO fofo. Achei melhor que o outro livro da autora, A livraria mágica de Paris. Achei mais legal, porque os pensamentos da Marianne fazem mais sentido pra mim do que os do Perdu.
Eu ganhei a edição não revisada do livro, então a capa é do mesmo papel que o miolo. Eu podia ter pedido a versão revisada, mas acabei não pedindo (fazer o quê).
A história é bem gostosa, a questão da autodescoberta é legal e bem trabalhada. Um problema foi que, no final do livro, eu não lembrava mais nada dos personagens. Provavelmente porque eu ainda estava sob a influência das drogas da anestesia que eu tomara mais cedo quando acabei o livro, então foi uma pena. Mas sempre posso reler o livro pra lembrar dos coitados dos personagens que eu esqueci.
Eu acho engraçado o jeito que a autora trabalha as mulheres e o amor; faz parecer com que seja um livro mais velho, é definitivamente algo interessante. Me parece algo bem francês, apesar de que a Nina George é alemã.
Falando em Alemanha, vamos falar de curiosidades. Eu gostaria muito de entender o que acontece com os títulos desses livros na tradução. Tipo:
Tradutor: Ah, o nome do livro é “Das Lavandelzimmer”. O quarto lavanda.
Editor: Não, esse é um nome ruim. Coloca “A livraria mágica de Paris”.
Tradutor: Mas…
Editor: Coloca.
Tradutor: …
Editor: Coloca.
Tradutor: …
Editor: COLOCA!
Tradutor: Tá bom, tá bom, já coloquei.
Ou então, na versão desse livro:
Tradutor: Ah, o nome do livro é “Die Mondspielerin”. A jogadora lunar [ou alguma coisa assim, eu tenho a impressão de que “Mondspielerin” é uma expressão, mas não consegui encontrar nenhum lugar pra averiguar].
Editor: Não, esse é um nome ruim. Coloca “O maravilhoso bistrô francês”.
Tradutor: Mas…
Editor: Coloca.
Tradutor: …
Editor: Coloca.
Tradutor: …
Editor: COLOCA!
Tradutor: Tá bom, tá bom, já coloquei.
É assim mesmo que acontece, galera?