
Sonata em Auschwitz – Luize Valente
Auschwitz gera mistério e curiosidade. Palco de uma das maiores barbaridades da história, o campo de concentração carrega histórias. O que esquecemos é que essas histórias, tão distantes da nossa realidade, foram a vida de alguns.
Amália, uma portuguesa, nunca teve contato com sua família fora seus pais. Dá pra imaginar a surpresa quando a mulher descobre que, na verdade, seus parentes lutaram ao lado de Hitler!
Ao ir à Alemanha conhecer sua bisavó Frida, Amália descobre o lado oculto da família que o pai lutou tanto para esconder. Seu avô foi um oficial alemão – e trabalhou em Auschwitz! Mas… ele fez algo mais também. Aparentemente Friedrich (seu avô) salvou um bebê do inferno chamado de campo de concentração. Não só isso, também fez uma sonata.
Agora, Amália quer achar o bebê que seu avô salvou (e para o qual compôs a sonata). Ela quer ouvir a sua história.
Ela quer saber mais sobre o próprio passado.
Pensa numa mulher chata. É a Amália. Jesus Cristo.
Sonata em Auschwitz é interessante porque se passa em duas épocas: 1999 e o Holocausto. No passado mais distante, vai explicando como que a perseguição aos judeus começou, tudo do ponto de vista dos próprios. É muito interessante. Temos mais contato com as histórias dentro dos campos de concentração, então ver como a história andou até chegar aos campos é bem interessante.
Novamente, a Amália é chata de morrer. Não vejo nenhuma emoção que faça sentido na personagem, ela me parece destoada de tudo. A parte interessante é a história dos judeus mesmo.
Como a história se passa na Alemanha, tem algumas partes do discurso das personagens que são em alemão. Não falantes de alemão podem ficar meio confusos nessa hora, mas a autora explica o significado na grande maioria dos casos. Para os falantes de alemão, é um treininho legal.
Sobre a sonata Für Haya [para Haya], cliquem aqui para ouvi-la.