Wabi-Sabi – Francesc Miralles
Wabi-Sabi é a beleza do imperfeito. Somos todos imperfeitos, mas nem todos reconhecemos a beleza disso, dentro de nós mesmos.
A perfeição é chata.
Samuel é uma das pessoas que não enxergam o Wabi-Sabi em si mesmo. Professor, o homem só quer chegar em casa, para a sua namorada e para a sua paz. Só que sua namorada acaba tudo com ele e tudo o que lhe resta é o gato e o escritor de livros de autoajuda que é seu vizinho. Grandes companhias.
Então um cartão-postal misterioso chega para Samuel no correio, apenas com as palavras “Wabi-Sabi” e com uma paisagem do Japão. Nada de remetente, apenas um endereço em uma letra bonita. O que é isso? De onde veio? O que significa?
O escritor lhe dá a ideia de viajar para ir atrás do significado daquele cartão-postal (e ajudá-lo com o livro que está escrevendo, sobre o mesmo assunto).
O que o professor sem melhores coisas para fazer em suas férias fará?
Arrumar as malas e ir para o Japão, em busca de respostas e de um sentido.
Esse livro é uma coisa estranha. Eu achei chato.
Parece muito com um livro de autoajuda, o que não é bem o que eu esperava. Como já deu pra imaginar, o meu senso de humor é meio negro e eu gosto de coisas macabras, com demônios e magia (não necessariamente com tudo isso em um livro só). Esse livro é alegre demais pro meu gosto e o Samuel me irrita.
Eu tenho um limite para o quão trouxa uma personagem pode ser, e o Samuel passou dele.
Claro, se você espera um livro profundo sobre autodescoberta e -conhecimento, esse é o livro. Senão, você vai se decepcionar.
Por outro lado, é um livro espanhol, o que eu acho legal. Ler livros que não têm os EUA como cenário (que normalmente são escritos lá), que têm dominado as prateleiras, é sempre uma experiência legal, porque a mentalidade do povo e do escritor, assim como o cenário, são outros.