Through her eyes – Clodagh Finn
A história de todo país é limitada à visão da elite. Por séculos, mulheres foram ignoradas por historiadores e, suas descobertas, esquecidas. Mas as mulheres do passado são tão fortes e importantes quanto as mulheres da atualidade. Além de mães e esposas, elas foram profissionais de respeito, que surpreenderam os homens de seu tempo com sua inteligência e perseverança.
A Irlanda tem uma longa história. É um país marcado por guerras e dificuldades, mas também por arte e natureza. Muitas mulheres deixaram suas marcas no país. Nobres defenderam seus próprios castelos, cientistas fizeram importantes descobertas no campo da física e da botânica. Algumas foram mães e esposas de pessoas importantes, e exerceram sua própria influência. Outras participaram de expedições e serviram de musas, enquanto se trabalhavam na criação de arte.
Conheça um pouco da história da Irlanda, desta vez, pelos olhos delas.
A experiência de ler Through her eyes: A new history of Ireland in 21 women foi incrível. Eu não sou, tipicamente, fã desses livros de mini biografias, apesar de já ter lido uns dois. Mas eu tinha vontade de ler esse, já que vou me mudar para a Irlanda no segundo semestre. Para não me estressar, resolvi ler a história de uma mulher por dia, e foi a melhor coisa que fiz.
Um dos motivos para eu não gostar tanto de não-ficção é que, normalmente, os autores têm escritas lentas e maçantes, e eu fico cansada fácil. Mas Clodagh Finn nos entrega a história dessas mulheres com uma escrita leve, e há sempre tanta informação nova que fiquei interessada em saber mais. Além disso, a edição ajuda: a letra é grande e o espaçamento é satisfatório. A adição dos rostos das mulheres no começo dos capítulos delas foi uma boa ideia.
Through her eyes é um livro dentro de um nicho muito específico, e acho difícil que alguém que já não tenha um interesse prévio no país pense em pegá-lo para ler. E tudo bem, também. Conhecer as histórias dessas mulheres me fez entender um pouquinho mais sobre a Irlanda. Eu gostei muito que a autora escolheu mulheres desde a idade da pedra até a atualidade. Os relatos da idade média me foram muito interessantes, porque é um período histórico que me agrada muito. E a mulher que viveu mais ou menos em 3600 AC ajudou na minha saudade de The Clan of the Cavebear.
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;)
