The Witcher – Andrzej Sapkowski ?>

The Witcher – Andrzej Sapkowski

Geralt de Rívia é um Witcher – um bruxo. Um mutante cujo propósito da existência é a de matar monstros: kikimoras, vampiros, ghouls, basiliscos, e vários outros seres perigosos para os seres humanos. Geralt é mais rápido, mais forte, tem olhos melhores, e consegue até fazer um pouco de magia.

O lobo branco de Rívia viaja por diversos reinos, encontrando trabalho quando dá. Ele encontra elfos e sílvios, desfaz a maldição de uma striga, caça um metamorfo que se passa por um comerciante importante, encontra um gênio na garrafa, e até participa a uma caçada a um dragão!

Mas a guerra ameaça o estilo de vida de Geralt. A relação entre o império de Nilfgaard e os reinos do Norte está cada vez pior, e a batalha estoura quando Cintra é invadida. O bruxo está preso a antigos juramentos e paixões difíceis de serem esquecidas, e a sua neutralidade será impossível de ser mantida quando Geralt perceber que as pessoas mais importantes para ele estão bem no meio da guerra.


The Witcher é a série de oito livros que originou não só a série da Netflix, como vários videogames. Eu fiquei muito animada quando a WMF Martins Fontes anunciou esse “relançamento” da série e, como já tinha gostado da adaptação, fui com tudo nos livros.

Essa edição de The Witcher em capa dura é uma coisa linda de se ver. Por incrível que pareça, comprar os livros individualmente é mais barato do que comprar o box (o que me atraiu primeiramente, mas né). As capas são bem bonitas (apesar de não ter nenhuma variação de fato entre elas, só a cor).  Tem até mapa e fitilho! Apesar de tudo, achei alguns erros de digitação mais nos últimos livros que precisariam de uma revisão.

A escrita do Sapkowski é muito boa! Ele tem uma seriedade e densidade diferentes do que eu estou acostumada a ler, mas a mudança é muito bem vinda. Ele não é tão pesado quanto Tolkien (Deus me livre) ou Martin, mas os livros não são uma leitura particularmente rápida.

Eu tenho uma relação um pouco estranha com os personagens dessa história. Eu gosto muito deles, mas acho que a série fez um trabalho melhor com a construção de todo mundo, de modo geral. As mulheres são muito sexualizadas no livro, então Yennefer, Ciri, e várias outras sofrem sob o male gaze do Sapkowski, ainda que elas tenham sido construídas para serem fortes. Eu aplaudo o esforço do autor, mas temos que ter a consciência de que The Witcher foi escrito por um homem branco e velho. Acho que Cahir e Fringilla são muito melhores nos livros.

Eu tenho que dizer que a história tomou rumos que eu não esperava e que me decepcionaram um pouco. Os primeiros dois livros são coletâneas de contos, mas o resto são todos romances. Eu preferia que tivéssemos continuado nos contos. Até porque, a série se tornou uma história de guerra, o que eu não estava esperando. Os primeiros dois livros são mais livres, exploramos muito o mundo e ficamos muito encantados com toda a magia e os seres que encontramos. A partir do terceiro livro, a mudança é drástica, e entrei nela um pouco desavisada. Então, gostaria de que a ideia dos contos tivesse sido mais incorporada nos outros livros. O final da série (o 7º livro) foi satisfatório, até chorei, mas o livro prelúdio (o 8º) foi decepcionante. Sem graça, inútil, que deveria ter sido a história do Geralt em Kaer Morhen e da Yennefer em Aretuza. O último livro foi publicado em 2013, e sinto que o Sapkowski tentou acatar algumas críticas feitas pelos leitores, mas não deu certo.

Se você quiser saber mais sobre minhas impressões da série contra os dois primeiros livros, veja o meu post no Instagram.

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