The Binding – Bridget Collins ?>

The Binding – Bridget Collins

Emmett Farmer está doente. Uma doença à qual ele não pode se dar ao luxo de se submeter, porque seu pai está ficando velho e precisa de ajuda com a fazenda. Emmett é um grande trabalhador, forte e jovem. E, infelizmente, a doença torna o seu trabalho difícil e o inutilizou por meses.

Até que, um dia, uma carta chega à propriedade da família: Emmett é convocado para se tornar um Encadernador. Ele será aprendiz da Encadernadora Seredith, que mora sozinha em uma casa isolada da sociedade. Sem escolha, Emmett parte da fazenda.

O garoto sempre foi atraído a livros, mas os fascinantes objetos são extremamente proibidos e lê-los é um tabu. Com Seredith, Emmett aprende que Encadernar é um processo sagrado, em que memórias ruins são presas em livros e esquecidas por aqueles que querem esquecê-las. Em um cofre embaixo do ateliê da Encadernadora, diversas estantes de livros guardam partes de vidas.

Mas o amor de Seredith pela arte é contrabalanceado pelos Encadernadores gananciosos, que servem apenas os que têm dinheiro. Ao entrar nesse mundo, Emmett entra em contato com pessoas perigosas, que usam a arte para manter o poder sobre os outros. E, ao mesmo tempo, ele conhece Lucien Darnay, um garoto grosseiro e rico, que menospreza o aprendiz de Encadernador instantaneamente. Mas Darnay lhe passa uma sensação estranha, quase obsessiva. E Emmett quer descobrir por quê.


The Binding é o livro para os amantes de cottagecore e de um bom romance. Apesar de ele parecer mais uma fantasia, o correto seria dizer que é uma história de romance com um aspecto fantástico. Eu devorei esse livro sem dó nem piedade, e ele é um grande candidato ao meu top 10 de 2021.

A edição de The Binding é uma coisa linda. A capa tem aquela vibe antiquada de estampa de casa de vó, o que combina com o mundo baseado no século XIX. O corte das folhas é irregular, o que dá um ar mais artesanal ao livro. Cada parte (o livro é dividido em 3) tem uma pequena ilustração no começo, um charme muito bem-vindo.

A escrita da Bridget Collins me surpreendeu. Eu tendo a não gostar de livros mais descritivos, mas a autora me encantou com todos os lugares da história. Não é pesado, o que me agradou muito, e a escrita dela apenas me ajudou a ler o livro com olhinhos brilhantes de desenho animado.

Os personagens de The Binding são super envolventes. Emmett é um fofo e Darnay é aquele babaca encantador. De Havilland é realmente um cara odioso. A galera que é pra ser a vilã é malvada mesmo! Fora essa gente, eu passei muita raiva com a família do Emmett. Eles são homofóbicos, cuidado. O romance é uma graça, um enemies to lovers bem fofo. Os dois têm uma ótima dinâmica.

A história de The Binding divide corações. Esse é um daqueles livros meio 8 ou 80, então muita gente não curte tudo. O livro é dividido em três partes, e muita gente não gosta da primeira. Eu adorei, foi a parte mais mágica para mim, quando Emmett está na casa da Seredith. A segunda parte é a parte mais romântica, um grande flashback. E a terceira parte volta para o presente da narrativa (e se eu contar mais, dou spoiler). Eu acho que o livro foi um pouco mal anunciado. Ele é mais um romance, ao invés de uma grande fantasia. Quando o tema muda, é um pouco chocante, e tenho que admitir que fiquei um pouco decepcionada. Eu esperava um pouco mais do processo de aprendizado de Emmett, mas as coisas mudaram para o romance e deixaram muitas coisas em aberto. O final é bem aberto também e, apesar de eu ter achado que foi um bom final para um livro único, ainda queria ter tido um timeskip de alguns anos para ver como o romance entre Emmett e Lucien se desenrolou.

Se você gostou de The Binding, de Bridget Collins, você vai gostar de:

Carry on – Rainbow Rowell;

The Priory of the Orange Tree – Samantha Shannon;

They both die at the end – Adam Silvera.

Comments are closed.