
Silas Marner: o Tecelão de Raveloe – George Eliot
Silas Marner é o maior e único tecelão da cidadezinha de Raveloe. Assim, ele faz o seu melhor para deixar o passado para trás.
O seu passado com uma religião estranha. O passado no qual ele é acusado (erroneamente, por sinal) de assassinato e é obrigado a fugir.
Prosperando na cidade, Silas Marner ganha cade vez mais dinheiro, apesar de não ter amigos nem ninguém que não o ache estranho ou que tenha um pacto com o Diabo.
Então, Silas vive com seu dinheiro.
Silas, tear, dinheiro.
Silas, tear, dinheiro.
Silas, tear, dinheiro, solidão.
Silas, tear, dinheiro, solidão, avareza.
Avareza.
Avareza.
O que faz um avarento quando seu dinheiro é roubado (ainda mais por um nobre desmiolado que está ficando sem o próprio dinheiro – e opções)?
Somente algo que Silas vinha se privando há anos salvaria o velho tecelão avarento. Esse algo é assustador para Silas. Ele não tem isso há anos.
Esse algo…
É o amor.
GEORGE ELIOT É SENSACIONAL. COM LICENÇA.
Não, é sério. Mary Ann Evans, para ser levada a sério e ter seus livros publicados, adotou o pseudônimo masculino “George Eliot”. Ela é considerada uma das maiores autoras vitorianas – e é sensacional.
Silas Marner: o tecelão de Raveloe é um livro muito gostoso de ler, apesar de ter um pouco mais de 150 anos. A tradução ficou tão boa que mal parece que foi escrito há tanto tempo. A escrita é gostosa e os parágrafos não são imensos (graças aos Deuses).
A história é bem interessante, cheia de intrigas e sem nenhuma personagem particularmente irritante (apesar de que os nobres são bem chatos, mas todos conseguimos viver com eles).
A capa é LINDA, toda branca e dourada, apesar de que dá um pouco de medo de sujar. Mas é realmente muito linda.
O final ficou meio repentino e esperava um pouco mais dele, mas é realmente difícil escrever um final bom, que satisfaça todo o tipo de leitor.