Parthenon Místico – Enéias Tavares ?>

Parthenon Místico – Enéias Tavares

O Parthenon Místico existe para derrotar a Ordem Positivista Nacional. Eles lutam contra os preconceituosos, os retrógrados, os que tratam humanos como simples máquinas a serem melhoradas a qualquer custo. Os intelectuais que compõem o Parthenon Místico usam desde suas habilidades sobrenaturais até suas conexões com a imprensa para expor os atos grotescos da poderosa Ordem.

Porto Alegre dos Amantes será o campo de batalha das duas organizações, que defendem valores tão opostos. Com a chegada de Sergio Pompeu à cidade, as engrenagens começam a girar. O Parthenon Místico vê cada vez mais urgência em derrotar a Ordem e conseguir vingança pelos colegas caídos.

Além da batalha social, os integrantes do Parthenon têm seus próprios desafios internos: amores, tristezas, e autodescobertas.


Parthenon Místico era um desejado meu desde o lançamento do livro, mas nunca tinha sido muito urgente. Até que comprei o livro, e descobri que Enéias Tavares criou uma obra-prima técnica.

A Darkside faz um trabalho insanamente bom com as edições deles, mas eles se superaram com esse livro. Temos mapas, diagramas, explicações, e até ilustrações dos personagens. Você ainda pode acessar vários conteúdos pela internet, e o universo tem até uma série.

Logo no começo já é bem claro que Enéias Tavares tem bastante experiência com escrita. Ele usa uma grafia antiga no livro inteiro, o que foi crucial para o leitor se sentir mais imerso no Brasil steampunk do século XIX. Tenho que admitir que eu demorei para ler o livro, e achei os desenvolvimentos mais lentos do que eu gostaria. Mas, apesar de não ser um livro possível de ler em uma sentada só, eu aproveitei a genialidade da escrita do autor.

Os personagens são outra coisa incrível. Todos eles (assim como alguns outros elementos do livro) foram criados por outros autores da literatura brasileira (Álvares de Azevedo e Machado de Assis, por exemplo) e reutilizados aqui. Eu não conhecia nenhum deles antes, mas adorei todos eles, principalmente o Solfieri. O romance tem muito pouca importância no livro, mas fiquei surpresa com o relacionamento de Sergio e Bento.

Já disse que achei a história lenta, e que os acontecimentos demoram a acontecer. Mas esse foi o meu primeiro contato com o steampunk, e foi uma ótima experiência. A premissa é interessante, os personagens são cativantes, e o universo é bem rico. Você não precisa ler os outros livros do autor para entender esse, e não precisa ler os outros para ter um encerramento dos personagens.

Eu fiquei muito satisfeita com o livro, mas devo admitir que foram a técnica de escrita e a edição que me fizeram dar 5 estrelas a ele.

Se você gostou de Parthenon Místico, de Enéias Tavares, você vai gostar de:

Já era – Felipe Parucci;

Illuminae – Amie Kaufman & Jay Kristoff;

Ordem Vermelha: Filhos da degradação – Felipe Castilho.

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