O instituto – Stephen King ?>

O instituto – Stephen King

Luke Ellis tem uma inteligência fora da curva para um garoto de 12 anos, mas não é disso que os sequestradores estavam atrás. Durante uma noite, um time de pessoas invade a casa do garoto, mata seus pais, e o leva embora. Quando Luke acorda, muitas horas depois, ele está em uma cópia exata de seu quarto: o mesmo papel de parede, os mesmos móveis, as mesmas roupas. Mas a janela não está mais ali. E, quando ele sai pela porta, ao invés do resto da casa, ele se vê em um corredor cheio de portas. Ele encontra uma garota, Kalisha, que lhe explica onde estão.

O Instituto é um lugar para onde levam crianças especiais. TPs ou TCs, ou seja, com telepatia ou telecinese. Todos ali têm algum grau de um desses poderes, o que é o suficiente para que quem quer que comande o Instituto mande sequestrá-los. Lá, eles não têm contato nenhum com o mundo exterior e, apesar de estarem à mercê de seus captores, têm certas liberdades: podem fumar cigarros e beber álcool.

Na Parte da Frente, Luke conhece Kalisha, Nick, George, Iris, e Avery. Eles são submetidos a diversos testes e experimentos invasivos que têm algo a ver com seus poderes. Todos morrem de medo do próximo passo, de irem para a Parte de Trás, que dizem que é muito pior e que de lá, ninguém volta.

Mas Luke não está nem um pouco interessado em esperar até a sua vez chegar. Ele foi sequestrado por sua telecinese mínima, mas vai usar sua imensa inteligência para fugir e tirar todos os seus amigos de lá.


Eu li O instituto em uma leitura coletiva. Stephen King não é um autor ao qual eu sou instantaneamente atraída, ainda que seus lançamentos dos últimos anos tenham me interessado mais. A premissa do livro me lembrou muito de uma parte específica do videogame Fran Bow, então resolvi dar uma chance.

Se eu não tivesse lido esse livro para uma LC, eu teria acabado o calhamaço de mais de 500 páginas em talvez uns 3 dias. A escrita atual do King é muito melhor do que no passado (fiquei meio traumatizada com Cujo e O iluminado), principalmente em questão de criação de personagem. O tempo parece passar mais rápido durante a leitura. Além do mais, li o livro no Kindle, o que sempre ajuda na velocidade. Só o primeiro capítulo eu achei muito chato, porque seguimos um personagem que não vai aparecer de novo até o fim do livro e que, sinceramente, não me interessou nem um pouco.

Os personagens do livro são muito cativantes. Menos Tim Jamieson, o cara do primeiro capítulo, que eu não consegui engolir no primeiro capítulo. Mas as crianças e adolescentes são super interessantes, e você fica esperando saber mais sobre o passado delas. A situação delas é terrível, mas as crianças ainda têm personalidade e não desistem. Além do mais, elas parecem crianças do século XXI de verdade, diferentemente de alguns personagens que parecem ter sido criados por autores que nunca viram uma criança na vida deles. Meu favorito, obviamente, é o Avery.

A história, como todo bom King, está longe de ser tranquila. Vemos crianças e adolescentes de 10 a 16 anos sendo abusados por adultos em situação de poder, que realmente não estão nem aí para elas. Enquanto O instituto começa lento, logo o ritmo pega e fica muito difícil de largar a leitura. Eu gostei muito da premissa da história, e King entregou e superou as minhas expectativas. Esse pode não ser um livro para todo mundo, mas fazia tempo desde que eu tive tanto interesse em ler um thriller.

Se você gostou de O instituto, de Stephen King, você vai gostar de:

Maximum Ride – James Patterson;

Cujo – Stephen King;

O bazar dos sonhos ruins – Stephen King.

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