O Bazar dos Sonhos Ruins – Stephen King ?>

O Bazar dos Sonhos Ruins – Stephen King

Existem carros famintos, esperando pacientemente suas vítimas nas estradas.

Existem casais afundando na lama, suas mentes beirando à psicopatia.

Existem discussões no trânsito na presença de idosos com Alzheimer.

Existem dunas profetas de mortes, assim como fantasmas de garotinhos que nos perseguem.

Existem caubóis ladrões e estupradores, assim como mortes numa escalada de montanha.

Existem casais falidos, que fazem de tudo para conseguir dinheiro – e apelam pra violência.

Existem conversas após a morte e Kindles cor-de-rosa vindos da casa do Capeta.

Existem famílias problemáticas que só querem acabar com tudo e homens vivendo em ilusões.

Existem jogadores de beisebol famosos com mais problemas que só o que fazer com todo o dinheiro e fantasmas da Aids.

Existem hippies dormindo na terra e exorcismos de demônios da dor, e existem assassinos em ônibus.

Existem pessoas que matam outras apenas escrevendo, assim como pessoas que guerreiam com fogos de artifício e aquelas que estão para ver o fim do mundo.

Existem sonhos ruins.

Existe Stephen King.


Todos temos sonhos ruins. A morte de alguém, cair para a morte, morte, morte, morte. O Bazar dos sonhos ruins é realmente isso: um monte de histórias capazes de deixar o leitor com menos estômago com uma aflição para dormir por alguns dias. Outras, nem tanto.

São 20 contos e 527 páginas, além de notas do autor de por que ele escreveu cada conto, explicando individualmente antes de cada um a situação do background.

Os meus contos favoritos são “Garotinho Malvado”, “Ur” e “Obituários”, o 5º, 10º e o 18º, respectivamente. O resumo das histórias estão nessa mesma ordem na resenha.

Os que eu menos gostei foram “Premium Harmony” e “Blockade Billy“, o 2º e o 13º, respectivamente. Por dois motivos: não entendo nada de beisebol e morte cruel de bichinhos.

Sobre esse último, aparentemente, todos os poucos filmes de terror que eu “vi” matavam um bicho de maneira cruel. Gente, pelo amor de Deus. Se eu quiser ver bicho morrendo, assisto Marley & Eu. Esperava que nos livros não fosse assim, mas estava enganada. Essa é a maior falha de O Bazar dos Sonhos Ruins. Claro, vou achar isso de qualquer livro que mate um bicho, mas eu fico meio indignada.

Eu nunca tinha lido King antes e, posso dizer com certeza, que foi uma experiência maravilhosa. Sou uma menina medrosa e me deparar com o mestre do terror nos dias de hoje (pelo menos para a minha parca visão dessa área) foi uma ótima experiência que sem dúvida irei repetir. Comecei com O Bazar dos Sonhos Ruins, agora quem sabe outros, clássicos dele, não me aguardam?

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