O barão nas árvores – Italo Calvino ?>

O barão nas árvores – Italo Calvino

A pacata vila de Penúmbria tem a rotina completamente mudada quando o filho primogênito do barão de Rondó, Cosme Chuvasco de Rondó, revolta-se seriamente contra os pais e sobe às árvores do quintal. Certos de que o ato não é nada mais que rebeldia infantil, o barão e sua esposa esperam o garoto voltar quando estiver com fome e frio.

Mas Cosme de Rondó nunca mais sairá das árvores. Ele começa explorando o próprio jardim, mas logo passa para o jardim vizinho. E as florestas. E os bosques. Logo Cosme anda por toda Penúmbria por cima de diferentes árvores. Ele aprende a caçar e desenvolve métodos de dormir, se aliviar e se banhar nos galhos.

O jovem barão nas árvores conhece diversas pessoas diferentes ao longo de sua vida acima das árvores, até um grupo de pessoas iguais a ele. Cosme vive várias aventuras, presencia crimes e mortes, e sofre por amores. E, desde o fatídico dia 15 de junho de 1767 até a sua morte, nunca voltou a pisar no chão.


O barão nas árvores é um livro divertido, mas eu ainda não consigo abandonar a sensação de que ele é um paradidático que eu teria que ler em algum bimestre para Português.

O problema de livro de bolso é que a diagramação e o tamanho da letra são sempre ruins. Eu, como boa usuária de óculos, fiquei muito cansada lendo o livro, que tem umas letrinhas miudinhas e juntas uma da outra. A escrita do Italo Calvino não é ruim e a tradução é bem boa, então pelo menos isso não desacelerou meu ritmo. O livro tem alguns trechos em línguas diferentes que não foram traduzidos, e, enquanto entendi bem o que estava escrito em alemão e espanhol, boiei no francês e no italiano.

A história de O barão nas árvores é bem engraçadinha, e a premissa é simples: o homem que passa a vida em cima das árvores. Ele tem um tom mais infanto-juvenil, até porque acompanhamos muito de Cosme quando jovem. Claro, acompanhamos também toda a situação amorosa de Cosme com Viola e olha, que mulher chata. Ela é a típica mulher de romance que só quer fazer o homem sofrer enquanto estiver com ela, porque ela acha que ter um homem desesperado de amor aos seus pés é o verdadeiro amor. Não preciso dizer que, apesar de ela movimentar mais a narrativa, achei ela uma chata, tanto criança quanto adulta.

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