Minhas impressões sobre o novo Kindle Paperwhite ?>

Minhas impressões sobre o novo Kindle Paperwhite

Eu demorei muito tempo para me interessar em e-readers. O livro sempre foi aquela coisa mágica pra mim; adoro ver as lombadas organizadas na estante, ter o peso reconfortante nos meus braços e sentir o progresso na leitura ao ver o marca-páginas ir cada vez mais pro fim do livro. Ainda assim, para meu aniversário de 18 anos, ganhei um Kindle Paperwhite.

Tudo bem, por que o interesse súbito, quando livros físicos são obviamente superiores? Bem, o Kindle Paperwhite resolve dois de meus grandes problemas atuais como leitora: a minha pão-durice e a minha falta de espaço na estante. Eu não sou uma pessoa que gosta de gastar dinheiro (a não ser que eu tenha um plano muito fixo e já tenha me organizado) e, com o preço dos livros aumentando drasticamente, não estava me sentindo muito confortável ao comprar certos livros. Com alguns e-books pela metade do preço, o Kindle resolve meu problema. Outra questão é o meu espaço na estante, que encolhe a cada mês. Além disso, com minha mudança por causa da faculdade no final do ano que vem, sabe lá Deus como que vai ficar o meu espaço pra livros.

Algo que gostei muito também é o quanto é possível customizar a interface do Kindle. Tipo, tamanho e espaçamento da letra, brilho da tela, modo noturno, marcação de trechos, e muito mais! Eu só gostaria que o modo noturno fosse um filtro de luz azul, ao invés de uma inversão de cores… Além do mais, o novo Kindle Paperwhite é à prova d’água, então é perfeito pra ler em praia, piscina, banheira, jacuzzi, o que quer que o seu coração quiser (se você lembrar desse detalhe, claro – eu fiquei uns 3 dias cuidando pra não deixar o Kindle perto de copo até lembrar dessa ótima adição). A tela antirreflexo também é incrível, e dá pra ler no sol sem ter que ficar fazendo sombra com a mão.

Ainda assim, algumas coisas me incomodam. A sensação de progresso na história é bem pequena. No livro físico, vejo meu progresso através da grossura das metades do livro conforme vou lendo, e é muito satisfatório sentir a metade da esquerda ficar cada vez maior. O Kindle não nos dá essa sensação. Demora para ver algum progresso na porcentagem ainda mais quando é um livro grande. Algo que fiz para melhorar essa situação foi fazer ele mostrar um paginômetro, ao invés do tempo restante no capítulo/e-book (o que, por sinal, é uma pressão dos infernos).

Também não gostei de ler quadrinhos do Kindle. Li Ms. Marvel: No normal e não foi uma experiência muito boa. A tela não tem cor, então ler um negócio que foi feito para ser colorido em preto e branco não é a melhor das experiências. Como a tela é pequena, muitas vezes tentei dar zoom em uma página para ver o desenho ou ler melhor, mas isso foi um pouco desastroso e não dava zoom onde eu queria direito.

A bateria foi outro aspecto que me pegou. Vi várias pessoas falando de como a bateria do Kindle delas dura semanas, mas a minha tem durado 2, 3 dias. Não sei se é porque estou me afogando na leitura e lendo quase que um livro de Trono de Vidro por dia por pura ansiedade (amanhã recebo as notas mais importantes de todo o meu ensino médio), mas ainda espero uma bateria que dure mais. Claro que não tem como comparar com a bateria de um celular ou do meu computador (que dura 40 minutos), mas não está sendo o que me foi prometido.

Eu não acho que os e-readers vão dominar o mundo. O livro físico está muito entranhado na nossa cultura (uma questão de milênios) para ser descartado. O livro físico tem muitos atributos físicos para ser deixado de lado, porque até que o Kindle Paperwhite tenha uma área de autógrafos e dedicatórias onde escritores e outras pessoas possam escrever em um livro, não abandonarei os físicos. Além do mais, não importa o quão maneiro seja o design dos Kindles que virão, nunca superarão a estética de uma estante arrumada.

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