Maximum Ride – James Patterson ?>

Maximum Ride – James Patterson

Maximum Ride tem 14 anos e um bando a proteger. Assim como ela, seus irmãos Fang, Iggy, Gazzy, Nudge, e Angel, são seres humanos criados com DNA de aves – eles têm asas. Eles são procurados pelo laboratório que os criou, e moram em uma casa reclusa junto com o cientista que os tirou de lá.

Mas quando os Apagadores, criações do laboratório feitas para matar, começam a persegui-los, Max e seu grupo voam ao redor dos Estados Unidos, fugindo da prisão e dos experimentos, em busca de liberdade. Eles querem ser adolescentes normais – indo para a escola, chegando em casa para os pais, e tendo amigos e hobbies. Até lá, eles precisam sobreviver (e lidar com seu DNA em constante mutação).

E ao que tudo indica, eles são os seres destinados a salvar o mundo ou destrui-lo.


Procure uma decepção literária maior que a série de Maximum Ride e falhe miseravelmente. Essa gigantesca série de 9 livros só teve o primeiro publicado no Brasil, o que foi um favor para os leitores brasileiros. A premissa é incrível, mas tudo vira uma bagunça a partir do segundo livro.

Às vezes, eu gostaria que a #irado tivesse continuado a publicar a série, só pra provar que as capas brasileiras seriam bem melhores que as capas gringas. Eu já disse que odeio capas com gente de verdade, e essas têm um grande close no rosto dos modelos que eles querem que sejam os personagens. Apesar disso, o tamanho dos livros gringos em brochura é bem bom.

Uma das minhas grandes raivas em relação a esse livro é que a escrita do James Patterson é incrível. É super rápida de ler e bem gostosa, e os capítulos são bem curtos (outra coisa que eu adoro). Ainda assim, muita coisa técnica está falha ao longo da série, que é principalmente continuidade.

Os personagens foram a principal coisa que me fizeram continuar a série e comprar todas as continuações em 2019. Max e Fang são incríveis, e eu AMO o Iggy. A narração da Max é o que dá magia pra muita coisa – ela é sarcástica e não tem papas na língua (imaginem uma Aelin de 14 anos). Gazzy e Nudge não são meus preferidos, mas você nunca viu uma pessoa sentir tanta raiva de um personagem como eu sinto da Angel. As mudanças de personalidade dela ao longo da série não fazem sentido nenhum, e toda vez que ela apareceu, estragou tudo. O Patterson tentou transformá-la em uma espécie de vilã, mas não há motivos o suficiente que expliquem porque ela faz tudo o que faz.

A continuidade da história foi o que mais me decepcionou. A sensação que eu tive ao longo da série de Maximum Ride foi que os livros foram escritos cada um por uma pessoa diferente, mas ninguém leu os livros anteriores, apenas um resuminho. O que acontece é que alguns personagens secundários são introduzidos em um livro e somem no próximo. A primeira série, The Fugitives, até tem um pouco mais de continuidade. A segunda, The Protectors, deixa de fazer sentido. É aí que as coisas começam a desandar: a história fica esquisita, a Angel fica completamente maluca (ver parágrafo anterior), e James Patterson se revela como um dos famosos homens escrevendo mulheres com um male gaze.

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