Illuminae – Amie Kaufman & Jay Kristoff ?>

Illuminae – Amie Kaufman & Jay Kristoff

Quando Kady terminar com Ezra, ela não imaginava que teria que conversar tão cedo com ele. Mas ela também não imaginava que uma mega-corporação rival à dona da mina de Kerenza iria explodir todo o assentamento que a cercava e os obrigaria a fugir em uma nave que não era exatamente projetada para aquilo. Então tudo bem.

Depois de tomarem consciência do fato de não conseguirem não se encontrar dentro de uma nave entupida de refugiados, mais uma bomba caiu (não literalmente – desta vez): AIDAN, a inteligência atificial do Alexander, enlouqueceu e decidiu que seria uma ótima ideia matar muitos pelo bem de muitos mais. E uma praga mortal escapou e também está matando todo mundo.

Entre hackear um arquivo e outro para descobrir a verdade, talvez Kady e Ezra tenham que deixar seus orgulhos de lado para voltarem a ser o grande time que eram antes de tudo.


Illuminae é o primeiro livro da melhor trilogia de ficção científica que eu já li. Eu comprei os livros quando estava praticamente de saída de Nova York, e eles não decepcionaram – ficaram até em 3º lugar no meu top 10 de 2018.

Bem, vou ficar 5 anos falando desse design gráfico, então senta no sofá e pega uma pipoquinha. Primeiro: as capas. Foram elas que me atraíram na hora de comprar o livro. Elas são simplesmente incríveis, com as cores fortes e vibrantes. A capa de Obsidio (o terceiro da série) é a que menos me agrada, principalmente por (pasmem) ser capa dura. Acho que essa série fica bem mais charmosa em brochura e, por eu ter os dois primeiros assim, acho que a diferença entre as capas me desagradou. Em questão da diagramação interna, é incrível. A série tem imagens, mapas e diagramas de naves e do assentamento de Kerenza. Como ela é composta de vários documentos (emails, chats, transcrições de entrevistas, gravações de áudio e vídeo), cada um deles tem uma diagramação diferente.

Os livros não são escritos em prosa. Como acabei de comentar, a série é um aglomerado de documentos como entrevistas, emails, chats e transcrições. Não existe um narrador convencional contando tudo o que aconteceu tim-tim por tim-tim. É como se fosse os documentos que são reunidos em um caso jurídico (quem lê  a história sabe que é isso mesmo que está acontecendo – e o leitor se torna um dos júris do julgamento). A escrita da Amie Kaufman e do Jay Kristoff é incrível. Até mesmo nas transcrições de áudio e vídeo, conseguimos ver a diferença entre um transcritor e outro. Pelo fato de não ser em prosa convencional, as 599 páginas de Illuminae, 659 páginas de Gemina e as 615 de Obsidio passam voando. Eu li a série inteira em 9 dias (de férias), pra vocês terem uma noção.

Todos os personagens são bem construídos. Todos. Acompanhamos o crescimento e a decadência deles ao longo dos livros, o que nos deixa super próximos deles. Meus humanos preferidos são Nik, Hanna e Kady (achei Asha e Rhys simplesmente insuportáveis e, por consequência, Obsidio, o livro mais fraco da série). Ainda assim, o melhor personagem de todos foi, para mim, o AIDAN. Sim, eu amo a inteligência artificial assassina. Me julguem.

A história é incrível, apesar de eu ter me confundido um pouco quando comecei Gemina Obsidio. Cada livro foca em um casal de personagens diferentes, até em lugares diferentes. Illuminae conta a história de Ezra e Kady, refugiados a bordo do AlexanderGemina foca em Hanna e Nik, que moram na estação espacial Heimdall. E, por último, Obsidio foca em Asha e Rhys, em um local que não quero especificar para não dar spoiler aos afortunados que lerão essa série. Eu me confundi bastante nessa hora, por isso que a série ficou em 3º e não em 2º no ano passado.

The Illuminae Files é uma série de ficção científica que nos coloca em conflito com nossas próprias consciências ao nos questionar até que ponto é certo matar alguns para salvar outros – e quem tem o direito de decidir isso.

Se você gostou de Illuminae, de Amie Kaufman e Jay Kristoff, você vai gostar de:

Armada, de Ernest Cline;

O guia definitivo do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams;

Jogador Nº1, de Ernest Cline.

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