Heróis de Novigrath – Roberta Spindler ?>

Heróis de Novigrath – Roberta Spindler

Novigrath é um lugar mágico. Magos, animais falantes, lanceiros e curandeiros andam pelo terreno, batalhando contra as forças do mal: reis esqueletos, exércitos de zumbis e quimeras endemoniadas.

Há mais uma coisa sobre Novigrath que é importante saber: é um jogo!

Heróis de Novigrath conquistou milhares e abriu caminho para os eSports no mundo. Quinze anos de atualizações e campeonatos, quinze anos de batalhas entre os Defensores de Lumnia e os Filhos de Asgorth.

Depois do fim da sua carreira em HdN, Pedro já desistiu de tentar se reerguer. Ele mal pagava as contas e comia, que dirá ter sucesso em um jogo com tantos jogadores como Heróis de Novigrath. Tão perto do topo, tão alto no ranking – mundial! – e não precisou muito para ir tudo por água abaixo.

Em mais um dia comum, cheio de preocupações, partidas de HdN e humilhação na internet, Pedro se surpreende – pra não dizer que o homem achava que estava delirando, porque era exatamente isso que estava fazendo – ao ver o personagem que mais usava no jogo, Yeng Xiao (um dos lanceiros dos Defensores de Lumnia), aparecer na sua sala de estar. Cosplay? Não, não. Yeng Xiao de verdade, o Yeng Xiao.

A verdade sobre HdN, Pedro descobre com Yeng Xiao, é que os personagens do jogo são reais – tanto os bons quanto os maus. Até aí, tudo bem, estavam todos dentro do jogo, vivendo a vida deles e emprestando um pouco da sua essência para cada jogador que os escolhia. Mas nunca é tão simples assim. Os Filhos de Asgorth estão usando a energia dos seus jogadores para se erguer no mundo real e dominá-lo. Cabe aos Defensores de Lumnia impedi-los, mas estão em minoria – os Filhos são muito melhores e têm muito mais jogadores no mundo real.

Pedro recebe uma missão de Yeng Xiao, uma missão que pode mudar a sua vida: reunir um time de jogadores dispostos a jogar pelos Defensores – e vencer o mundial de HdN.


Heróis de Novigrath é um livro gracinha. Não é o melhor livro do planeta, mas é muito bom.

Essa capa, pessoal, o que dizer sobre ela? Maravilhosa! As cores são lindas, se harmonizaram bem na capa. A diagramação é bem gostosa, faz você ler bem rápido. A estratégia de marketing da Suma com esse livro foi sensacional; eles foram liberando as personagens pouquinho a pouquinho, então deixou todo mundo  – ou pelo menos esta que vos escreve – ansioso. Outra coisa maravilhosa foram os cards autografados – vocês podem ver o card da Samara aí na foto. Gostaria de tê-los tido para me ajudar na leitura, que vez ou outra eu me perdia com o nome das personagens.

Gostei das personagens, e o ranking das principais, pra mim, ficou assim:

  1. Adriano
  2. Samara
  3. Aline
  4. Pedro
  5. Pietro
  6. Cristiano

O Adriano é sensacional, adoro o cabelo azul e a personalidade expansiva dele; é o coração do grupo. A Samara é uma diva empoderada sensacional que bota todo mundo – principalmente o Cristiano – no devido lugar. Aline é outra diva, só não tão empoderada. Aprecio muito como ela luta pra se livrar do pai controlador. Pedro, pra mim, não teve nada de especial, apesar de ser importante pra história. Acho que ele demorou tempo demais pra acordar pra vida e levar o time lado a lado, ao invés de só arrastá-los por aí (gostei mais do Xiao do que dele, mas o lanceiro não está no ranking). O Pietro foi um personagem extremamente mal construído. Como o líder do time, esperava que ele aparecesse mais vezes, tomasse as rédeas de algumas situações e desse discursos motivacionais. Infelizmente, não rolou, e esse papel ficou com a Samara (mais um motivo de ela ser diva e maravilhosa). Mas ninguém foi pior que o Cristiano. Ô, menino chato! Reclama, reclama, reclama; é infantil e se acha demais. Deu pra ver uma tentativa da autora melhorar a situação dele no final, mas não rolou muito comigo não.

Eu gostei bastante do enredo, que é bem construído. Sendo algo mais voltado para videogames, não entendi muita coisa, mas os gamers que desejam se aventurar na literatura vão gostar. Não é o fim do mundo ler sem conhecimento nenhum, até porque a autora dá algumas explicações e internet está aí para nos servir. O final foi bem bom, acho que foi muito bem pensado. Ele também não é um daqueles livros que os personagens simplesmente somem e ninguém pergunta nada. Eles viviam com os pais, então foi bem legal que a autora tenha os feito presentes na história, cobrando notícias, dando apoio, permissão para viajarem – tornou o livro mais realista.

Para pessoas que gostaram de Jogador nº1, recomendo esse livro, e vice-versa.

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