A rebelde do deserto – Alwyn Hamilton ?>

A rebelde do deserto – Alwyn Hamilton

Amani al’Hiza quer sair da cidade onde mora – e rápido. Vivendo na Vila da Poeira desde que nasceu, Amani viu carniçais, invasores e armas. Isso não é nenhuma novidade para ela. Ela viu o exército gallan, aliados do seu sultão, assassinarem um homem por motivo nenhum. Ela viu sua mãe morrer na forca por matar seu pai. Ela viu tudo isso com seus olhos azuis.

Ela já viu o suficiente da cidade produtora de armas de fogo. Amani se organiza para fugir e ir para a capital, Izman. Um sonho que sua falecida mãe colocou na sua cabeça. Mas para isso, ela precisa de dinheiro. Ao invés de vender o seu corpo, o que seria o mais óbvio para algumas garotas, Amani usa as suas habilidades: se veste de menino e vai até Tiroteiro, outra cidade que está afundando nas areias do deserto, para atirar em garrafas de cerveja e ganhar dinheiro com isso.

Em Tiroteio, ela não é Amani al’Hiza. Na cidade, ela é chamada de O Bandido de Olhos Azuis. E lá, ela conhece A Cobra do Oriente, um homem que também quer o dinheiro que ela precisa. Então ela precisa vencer.

De volta à Vila da Poeira, Amani vai descobrir que A Cobra do Oriente pode ser um bom meio de escapar daquele lugar. E assim que ela sai de lá, A Cobra do Oriente – Jim, para os íntimos – se mostra muito maior do que ela imagina. A própria Amani se torna maior do que a garota imagina – a ponto de se envolver com uma rebelião.


JESUS ME ABANA! JESUS ME ABANA! Segurem as pontas, que hoje a resenha de A rebelde do deserto vai ser longa!

Primeiro, a capa é linda. Quem me acompanha nos Stories do Instagram sabe que, no momento que eu comprei essa coleção, eu enlouqueci. ELAS BRILHAM! Eu não sei lidar com coisas que brilham, claramente. É sério, as capas são maravilhosas. Apesar disso, acho que a capa do segundo livro, A traidora do trono, podia ser branca. Não entendi o roxo. Se alguém entendeu, me explica. A primeira capa é azul pela cor dos olhos da Amani, e a terceira é vermelha (imagino eu) pela cor do fogo dos djinis (ficou curioso? Leia o livro, nunca te pedi nada). Na minha cabeça, faz muito mais sentido que a capa do segundo seja branca, pra completar com as letras douradas e ter as cores de Miraji, o país da Amani.

Adoro todas as personagens. Amani e Jim, então? Jesus me abana! Shazad também é uma ótima pessoa. Todas elas são bem-estruturadas e praticamente não há ações que não condizem com a personalidade da personagem (como quando, por exemplo, uma personagem descrita como durona começa a chorar do nada).

Eu acabei de baixar o e-book da autora, Alwyn Hamilton, no Google Play Livros. Vou lê-lo logo, são 58 páginas e 4 contos. Essa história fez eu me render à tecnologia e baixar um livro. Vocês estão entendendo o nível da história? Por sinal, o e-book é gratuito, o nome é Contos de areia e mar. Imagino que deve ser maravilhoso, dessa mulher eu leio até lista de supermercado.

A história de A rebelde do deserto é bem parecida com A rainha vermelha, desculpa. Não quero dar detalhes, senão darei spoilers. Além do mais, nem fiz a resenha de A rainha vermelha, porque quero ler o último antes. Mas algo que já posso antecipar é que achei A rebelde do deserto melhor. Vou fazer um post comparando as duas séries, não se preocupem.

A coisa que mais me atraiu na história foi o fato de ser no Oriente Médio. Esse foi o primeiro livro que eu li nesse cenário (além do mais, estávamos tendo aulas sobre o Islamismo em História, então acho que casou bem). Esse livro me deixou com vontade de ler As Mil e Uma Noites.

QUE
FINAL
FOI
ESSE?

Com licença, o final de A rebelde do deserto (cujo último livro é A heroína da alvorada) é o melhor final que eu já li na minha vida. Sim, ele conseguiu ser melhor até que o final de Eragon (o final de Eragon é maravilhoso, tá? Dá licença). Ainda faltavam umas 40 páginas para acabar e eu já estava chorando. Depois, eu parei de chorar e comecei a dar pulinhos de felicidade por dentro, até porque eram 2h da manhã.

Eu não consegui superar essa série.

#alwynhamiltonnabienaldesp

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