A espada do verão – Rick Riordan ?>

A espada do verão – Rick Riordan

Magnus Chase se tornou morador de rua há dois anos, quando sua mãe foi atacada e morta por lobos esquisitos. Não, ele não sabe qual é a dos animais, mas ele sabe que a rua é a melhor alternativa para sobreviver. Seus amigos, Blitz e Heart, estão sempre por perto. Os três são como uma família.

Então é claro que, quando o resto da família Chase subitamente resolve procurar Magnus depois de ignorar ele e sua mãe por anos, o garoto não está nem um pouco a fim de ouvir o que eles têm a dizer. Ele consegue fugir de sua prima Annabeth e do pai dela, mas não tem tanta sorte com o tio Randolph. O homem o encontra e diz que Magnus é descendente dos deuses nórdicos, que existem e têm filhos com humanos. E que o garoto precisa achar uma espada perdida há séculos.

Magnus acha que o tio é louco até tirar Sumarbrander, a Espada do Verão, do leito do rio com o poder da mente. Logo depois, o gigante de fogo Surt o encontra e o mata, em busca da espada.

Puf. Fim de Magnus Chase.

Exceto que uma valquíria estava presente na batalha, e leva o espírito de Magnus para Valhalla, o salão de Odin para mortos honrados. Sua missão, impedir o início precoce do Ragnarök que ele mesmo começou.


A espada do verão é o primeiro livro da trilogia de Magnus Chase, seguido por O martelo de Thor O navio dos mortos. Rick Riordan é famoso por seus livros de mitologia e nunca deixa a desejar com seus livros amados por qualquer idade, mas não acho que a série tenha os mesmos poderes de encantamento mundial de Percy Jackson, por exemplo.

A edição brasileira do livro não deixa a desejar. A Intrínseca sempre faz edições incríveis, mas tenho que dar os parabéns a eles pela tradução dos livros. Uma personagem principal que aparece no segundo livro, Alex Fierro, é transgênero e gênero-fluido. Então os pronomes de Alex se alternam de ela/dela para ele/dele ao longo da narrativa (às vezes, até dentro do mesmo capítulo, na mesma conversa). Isso poderia ser um grande problema para a tradução, já que o português é uma língua que usa muito o gênero do sujeito. Mas deu super certo, foi uma tradução zero defeitos.

Sinceramente, A espada do verão e suas continuações são livros que se lê pelos personagens, mas não pela história. Magnus, Samirah, Alex, T.J., Mallory, Mestiço, Blitzen, e Hearthstone são personagens incríveis e super inclusivos. Nesse grupo de personagens principais temos uma muçulmana, uma personagem LGBTQ+, dois negros, e um surdo-mudo. o segundo livro, inclusive, ganhou prêmio de representatividade! Realmente, esse grupo foi muito bem pensado e pesquisado!

A história deixa a desejar. Cada um dos três livros é a mesma história de parar o Ragnarök. Eles resolvem no começo do livro, mas logo acontece alguma coisa que marca o início do fim do mundo de novo. Fica um pouco repetitivo. Ainda mais, os deuses nórdicos são insuportáveis. Eu sei que Rick Riordan tem grande força na comédia, por escrever para um público infantojuvenil, mas acho que houve um exagero nessa série. Em Percy JacksonAs crônicas de Kane, alguns deuses são mais cômicos, mas eles têm aquele ar mais sério de imortais. Na série de Magnus Chase, é tudo uma bagunça, e o único deus mais sério, Frey, aparece DUAS VEZES. Além disso, o romance não foi bem encerrado e terminou um pouco no limbo. O final foi tão sem-graça que tirou meia estrela da minha avaliação do livro.

Mas tenho que dizer que, como uma verdadeira fã, surtei todas as vezes que a Annabeth apareceu. Quando o Percy apareceu, por DOIS CAPÍTULOS no começo do terceiro livro, achei que eu fosse enfartar.

Se você gostou de A espada do verão, de Rick Riordan, você vai gostar de:

The Modern Faerie Tales – Holly Black;

O labirinto dos ossos – Rick Riordan;

The Priory of the Orange Tree – Samantha Shannon.

Comments are closed.